quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As minhas meninas

E já tem 8 anos. Uma menina linda, filha de alguém que conheço desde sempre, companheira de brincadeiras e de crescimento, das maluqueiras da adolescência, das dúvidas nas piores fases, mas hoje em dia algo distante. Quando vi pela primeira vez aquela menina tão morena tive a reacção mais estranha: não me consegui conter e fartei-me de chorar. De orgulho, de alegria, sei lá. Porque era filha de alguém tão importante, simplesmente porque me apaixonei por aquele bébé naquele momento. É a minha menina. E estás tão grande, C.!Hoje quando a vi achei-a enorme. Adoro conversar com ela, perder-me nas brincadeiras dela. E adoro vê-la rir.
Entre ela e a minha sobrinha S., a menina que quando nasceu me aumentou o tamanho do coração, e que tem mais um ano, não há qualquer simpatia, nunca houve. As duas sabem que são muito queridas, minhas e da Ú, a avó de verdade de uma e do coração da outra, mas simplesmente, ignoram-se. São pequeninas demais para perceber que o amor se multiplica, não se divide. E entretanto, vejo-as crescer, e quando estou com elas, fico feliz. São minhas.
No Natal, que foi tão difícil, tive um convite: a S. anda na catequese e escolheu ser baptizada. E pediu que eu fosse a madrinha. Contaram-me os pais que ela tinha medo que eu não quisesse! E eu só espero que um dia ela venha a perceber a importância dessa escolha.Só espero estar à altura! Vou estar sempre aqui, minha querida. Sempre.

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