segunda-feira, 19 de abril de 2010
Depois de meses (MESES) sem me cruzar com nenhum dos 3 chefões, entre 5ª e 6ª estive com todos. Aquele para quem trabalho mais directamente veio ao meu gabinete dar-me os parabéns pela audácia, e depois falámos de trabalho, apenas sorriu quando agradeci. Ok, sorriu mais um bocadinho quando me viu a corar (esta não me perdoo). A outra chamou-me ao gabinete e quando comecei a conversa a agradecer o reconhecimento, teceu-me os maiores elogios, à qualidade do trabalho, ao empenho, ao profissionalismo (ia morrendo de pasmo. elogios vindos de uma pessoa como ela, no tom que foram dados, surpresa absoluta, fiquei totalmente abismada, não conseguia acreditar). Estes dois "encontros imediatos" foram, no mínimo, desconcertantes, porque em várias ocasiões nestes últimos anos me fizeram crer que não era lá muito bem vista por aqui (o que se via bem pelo facto de nunca ter tido direita a nada antes deste ano). E de repente, levo um monte de elogios?!? Na sexta lá arranjei coragem para pedir para ser recebida pela chefona máxima. Lá fui, hiper nervosinha, já que faço tudo para evitar estes encontros imediatos...Recebeu-me assim que pedi,direito a beijinho e nem me deixou acabar a frase em que começava a agradecer-lhe. Ainda mais elogios. E que a minha postura é impecável, que o que a casa precisa é de pessoas assim, que o meu perfeccionismo é quase excessivo, que encararam de forma absolutamente natural o meu pedido de excelente, que ninguém com as minhas funções o mereceria mais, etc, etc. Aí sim, achei que ia morrer!!! What?!?! A sério, alguma coisa aconteceu por aqui e eu devia estar noutro planeta, só pode!!!Acabei por ficar no gabinete dela quase uma hora, arranjou uma maneira delicada de falar no tratamento, na situação (tudo, mas TUDO se sabe nesta casa, é inacreditável), falou-me da experiência dela, amorosa. Foram dias de revelações, sem dúvida. Levei em dois dias as "palmadinhas nas costas" que não levei durante 5 anos, em que tenho consciência que trabalhei sempre da mesma forma e fui sempre igual. Mas soube tão bem que me fez emocionar. E senti-me um bocadinho maior. Melhor. Pelo menos neste lado da vida, alguma coisa aconteceu. E foi bom.
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