Estou cansada. Exausta. Farta disto tudo, de me sentir assim. Mesmo sabendo que 50% desta forma de sentir se deve à medicação, e que o restante é do medo e ansiedade que vem com o motivo da medicação, há alturas em que acho que não aguento. É por uma boa causa, tenho de focar a minha cabeça nisso. Mas não devia ser tão difícil o caminho.
Voltei à "clausura" auto imposta, mais uma vez. Simplesmente, não me apetece estar com ninguém, falar com ninguém. Refugio-me no colo do JL e da minha mãe, para aguentar e daí tirar força e chega.
Tudo isto me faz sentir à parte, consequentemente, de parte. Ver as pessoas que faziam parte do meu "social" cheias de miúdos à volta, obviamente com as suas vidas centradas neles, juntas com outras em igual situação, não deixa espaço nenhum para quem está noutro universo. Apenas porque aí está pela única razão de não conseguir.
É tão estranho o que isto faz com uma pessoa. Por várias razões, sempre adorei estar com miúdos, e hoje em dia, é geralmente um sofrimento. Não faz sentido, eu sei, mas é difícil demais. Quase tanto como saber que alguém vai ter um baby. Não é inveja, pelo menos no mau sentido. Mas a dor é tão funda que o coração se rasga.
Hoje estou cinzenta. Com pena de mim, e então? Nem sei o que me apetece, e não vou fazer aquilo que realmente me está a apetecer, que chorar só faz rugas e eu já não vou para nova.
Deixa-te mas é de coisas e "bola prá frente".
Acho que estou só cansada. Mas já passa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário