Alguém que me conhece muito bem e com qeum eu já não estava há uns dois meses disse-me ontem que pareço outra pessoa, que quase não falo, que não me rio, que estou a perder a piada. Que a estou obcecada com isto e que isto me anda a destruir.
E eu encaixei, porque eu tenho noção de que é assim mesmo. Não me apetece estar com ninguém, e sinto-me estupidamente cansada. Isto de levar tanta paulada vai fazendo mossa, e é preciso uns tomates do caraças para andar para a frente. E depois ainda tenho de ouvir que ao menos tenho saúde. Será? Se tivesse, não tinha este problema, se calhar. E a saúde mental, conta? E vives bem. Pois vivo. Mas continuo com um quarto por mobilar porque está à espera de ocupante, e não consigo fazer lá nada porque sinto que isso ia ser desistir. E se te sentes assim, tens de ir a um médico. Pois. Das outras vezes fui e entupiram-me de antidepressivos, que me fazem andar meia zorbe, ter de tomar comprimidos para dormir e me fazem perder o tesão (isto de se viver com um brasileiro torna as coisas relativas. para mim, esta expressão é agora 100% positiva, só significa vontade, desejo).E então a modos que andamos assim, uns dias bem e outros nem tanto.
Se calhar estou diferente. Azar. Eu também não me acho piada nenhuma e tenho de levar comigo todos os dias. Não anda a ser lá muito fácil viver dentro desta pele. Ando em fase de construção. Por norma, depois das obras saem coisas jeitosas. Bem, às vezes também saem verdadeiros mamarrachos, mas nisto vou ser positiva!
Um comentário:
Como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes. É um lugar comum, bem sei, mas é a mais pura das verdades. Quando tudo passar, vais ser outra mulher, mas, muito provavelmente, uma pessoa melhor! Obviamente que estarias mais descansada se não estivesses a passar por estas provações, mas se não podes mudar a situação, então aprende com ela.
E não ligues a quem diz que estás diferente, porque isso não é, necessariamente, uma coisa má.
Beijinhos
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