segunda-feira, 3 de maio de 2010
Excomungada
Ontem fui buscar a "Certidão de idoneidade", para poder ser madrinha de baptismo da S.. Nada de especial, não fosse o facto de, num papel com 5 linhas escritas, a única verdade ser o meu nome. Não, o estado civil não é solteira, é div., porque "união de facto" nem consta do rol nem seria admitido. Não moro em Benfica, não tenho a primeira comunhão, nem a comunhão solene nem o crisma. E aquele papelucho vai ser assinado pelo padre lá da paróquia. Não sou nada disso que me pedem, mas amo aquela menina como se fosse minha e faria tudo por ela se fosse preciso. E isso qualifica-me para ser madrinha dela. Se não aos olhos da igreja, aos olhos dela. E já que, pelos vistos, fico para tia, ao menos que seja uma tia especial! Mas custou-me imenso. Entrar ali, despida, porque tive de tirar a aliança que usamos, e mentir sobre tudo. Foi assim que me senti: despida. Se foi por isso que ouvi a missa com lágrimas a correr? Talvez, mas acho mesmo que foi por ser uma missa em nome de N. Sr.ª da Conceição, por ser dia da mãe. E por eu me sentir mãe, mas não ter o meu filho. Mais uma etapa. Agora falta ir à reunião preparatória, vamos ver como isso corre!
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2 comentários:
É por essas coisas que eu sou cristã, mas não católica... acho uma hipocrisia ter que se fingir ser quem não se é para se poder fazer uma coisa tão simples como ser madrinha de baptismo, algo que deve e é feito por amor. O que importa se somos casados ou divorciados, ou se vivemos em "pecado"? A fé e o amor não são os pilares principais da religião? O que importa o resto?
(Atenção que não estou a chamar-te hipócrita, mas sim à igreja...)
Quanto ao ficares para tia, não penses assim... o derrotismo não te leva a lado nenhum. Mantém a cabeça erguida, o teu dia chegará, vais ver! Beijinhos
É tudo muito idiota, cretino, falso, por isso as pessoas se afastam cada vez mais!
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