Percebi que o viver em torno de algo não me deixa espaço para aproveitar o que daí pode resultar de positivo. Sei que ando sempre à roda do mesmo, e isso transformou-me. Sentaditos a "esplanar" e a ver o pulsar do bairro de santa cruz, o JL olha para um casal com um bébé de colo e um com uns 3 anos e diz: "pelo menos por enquanto, conseguimos aproveitar isto com mais calma, quando os tivermos vai ser tudo mais difícil". Andava a precisar ouvi-lo dizer alguma coisa assim, às vezes sinto que só anda nestas vidas porque eu não desisti, para me acompanhar. Talvez fosse mais fácil se pudesse ver as coisas assim, tudo o que posso fazer porque não sou mãe. Mas a única coisa em que penso é que ainda não sou mãe. E isso não me deixa espaço para mais nada. É uma luta diária.