domingo, 3 de julho de 2011

Ando meia angustiada com o trabalho. A médica quer pôr-me de baixa à força, e eu acho que isso vai ser complicado. É óbvio que a prioridade é a baby, e o seu bem estar, e estar tão preocupada com o que isso vai implicar em termos do meu emprego, principalmente sendo funcionária pública, é no mínimo, ridículo. Mas o facto é que é verdade. Amanhã tenho consulta, vamos ver como é que vai ser...se continuar como o previsto, trabalho mais umas 2 semanas, até meio de Julho. Os argumentos da médica são que, apesar de eu ainda me sentir bem, é uma gravidez de risco, com grandes riscos de bébés prematuros, e que eu tenho de assegurar que a baby cresce antes de sair. Que já devia estar a fazer repouso por causa disso. Que está tudo bem comigo e com ela, mas que é ainda pequenina e precisa de mais umas semanas na barriga, e que estou a correr o risco de que nasça antes do tempo. São argumentos difíceis de bater....Vamos ver o que sai dali amanhã.
Ainda por cima, o FORGEP só acaba em finais de Julho, isso pelo menos tenho de acabar!
A baby, em princípio, nasce em Setembro, ou seja, volto ao trabalho no início de Fevereiro. Fim de Fevereiro, após o gozo das férias que deixo deste ano (que já levam com uns dias valentes do ano passado, que não gozei por causa do trabalho no final do ano passado). Ou seja, fora do posto uns 7 meses. Estou numa fase cheia de trabalho, e durante a minha ausência alguém tem de fazer o meu trabalho, o que vai ser especialmente difícil no final do ano.
Em Dezembro é a altura dos convites para manutenção do cargo. E eu fora, com o meu trabalho todo a cair nas costas dos outros. Melhor, com o novo governo, foi decidido acabar com o cargo dirigente daquele que me antecedeu no cargo, o que muito provavelmente implica o seu retorno à inspecção. E o lugar de onde saiu está ocupado por mim até Dezembro, mas nessa altura, quando for preciso nomear para o ano, eu não estou lá. Por mais que eu saiba que tenho sido bem melhor que ele, que enquanto esteve na função não fez a ponta, estou preocupada. Porque não estou lá. Por mais que precise de dinheiro, não é o que passei a ganhar a mais que me compensa,o que me custa horrores é que, se voltar a a ser inspectora, volto à vidinha de mala às costas pelo país, durante 3 meses seguidos, às vezes, com a M. pequenina. Nisso é que me custa pensar. E são estes pensamentos que me estragam o sono agora.
E cá estamos, em mais um Domingo passado a corrigir relatórios...como se pode ver, não seria disto que iria sentir falta...

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