quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Não encontro palavras grandes o suficiente para reproduzir aqui o que têm sido os meus dias desde que a M. nasceu. Desde o susto que nos pregou quando ouvi a médica dizer que estava colada e que precisava de forceps (quem diria que se usavam forceps em cesarianas?), até ao turbilhão de sentimentos quando a ouvi chorar, pelo que a médica disse, ainda antes de estar toda fora da minha barriga. Quando o JL entrou com ela ao colo no bloco nem a conseguia ver, que as lágrimas me turvavam os olhos. Vi-a. A boca linda, a carinha a fazer montes de expressões. E parou de chorar, ficou ali, ao lado da minha cara, comigo a não acreditar. E a partir daí tem sido assim: eu a olhar para ela e a não conseguir acreditar que a vida me deu este milagre. Apesar de tudo. A minha bébé. Cabeluda (eu que achava que era carequinha) e loirinha, com os olhinhos azuis escuros (quem sabe como ficarão), com uma manchinha na testa e nas duas pálpebras (beijinhos dos anjos que a abençoaram, disse a pediatra), que não gosta de chucha, que não pára com as mãos nem quando dorme. A minha menina. Com os dedos dos pés como os meus (mas não com o último, que ia ser uma chatice) e tão branquinha que nem as pestanas nem as sobrancelhas se vêm. É a minha filha. E esse sentimento vem de um sítio qualquer no meu peito que eu nem sei onde fica. Amo-te, filhotinha linda.

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