quarta-feira, 16 de junho de 2010

Médica de família

Devo ser das poucas felizardas que nada tem a apontar à médica de família (por isso nunca a deixei, mesmo quando saí de casa dos meus pais). Sabe sempre o meu nome, da mãe, do pai, tudo (isto quando me vê na sala, antes de aceder ao pc, ou quando me encontra no continente, porque mora perto de mim), não despacha ninguém, ouve e olha para nós. E gosto de falar com ela. Descansou-me quanto aos valores das análises anteriores, estou em níveis "borderline", mas que devem resultar das bombas hormonais a que ando sujeita há anos.
De qualquer maneira, mais análises ao sangue, urina, as normais e da tiróide e mais uma ecografia à tiróide. Infelizmente, disse-me que provavelmente vai ser cada vez mais difícil perder peso, devido aos efeitos dos tratamentos, que não cessam quando se deixa a medicação, e que vão alterando o próprio organismo. Principalmente, porque nunca fui magricela. Esta parte não teve piada.
De resto, teve uma história de sucesso. Depois de um diagnóstico de "impossível engravidar", 2 operações às trompas, 2 gravidezes ectópicas e 3 TRÊS gravidezes naturais. Até que laqueou a única trompa que resistiu por não querer mais filhos. Enfim...mais uma história de verdadeiros milagres, que por um lado sabem bem ouvir, mas que por outro me fazem dizer que a mim não me toca nada.
Depois levei o habitual sermão, que sou uma "miúda" forte,já levei com tanto e saí sempre mais fortalhaça, tenho um bom emprego, porque é que teimo em acreditar que só sou completa se for mãe? Se calhar devia mesmo acreditar nisso. Só falta conseguir.
Queixei-me do stress constante, da ansiedade, das más noites, dos sonhos que não me deixam descansar...entretanto já estava toda passadinha, com os olhos afogadíssimos...Que preciso relaxar, fazer outras coisas, levar uma vida mais feliz, que estou perto de me passar de vez. Que se calhar precisava de voltar ao psiquiatra, que se continuo assim volto a ficar deprimida, se é que já não estou. Nada de novo, portanto.

Um comentário:

Dorushka disse...

Sobre isto falamos no nosso cafézinho, nem que seja daqui a um mês, ok?