Hoje estou de férias. Supostamente, ontem também estava, mas fui trabalhar. Queria entregar um trabalho, e consegui. Tenho trabalhado como nunca, mas estou a adorar esta fase. Como confessei à IG quando me despedi dela, face a tudo o resto, que ela sabia, é a única parte da minha vida em que me sinto realizada. Tudo o resto é para mim um fracasso, uma desilusão. Precisava desesperadamente de algo que me fizesse sentir um pouco realizada. Estou a dar tudo o que tenho, para que nada falhe, e face aos meus crominhos, isso significa ter de dar MUITO. Mas acho que este mês e pouco, não tem corrido mal de todo. Tenho muitas decisões a tomar, muita coisa para organizar, preparar os meus inspects para os trabalhos do próximo ano, porque se deixo isso para eles estou feita. Confesso que o grande desafio aqui são as relações humanas. Esse não é, definitivamente, o meu forte...é suposto eu ser o líder da equipa, motivar, dar oportunidade e vontade de que sejam feitos uns bons trabalhos. Metade do que tento fazer é como "pregar aos peixinhos". Ninguém se preocupa com o resultado dos trabalhos, a proactividade é zero, a vontade de melhorar, essa então é negativa. Sempre tentei aprender sempre mais, passo-me quando dou conta de que erro em alguma análise, que me falha algo, que me esqueci de alguma coisa. Tudo absolutamente "pormenores sem importância", no que áquela gente diz respeito. E o pior é que a Direcção sabe, exactamente, quem é quem. Isso até podia ser bom, não fosse significar que todo o ónus é meu. Tenho de ir buscar forças sei lá onde para não me passar com ninguém (com um já não funcionou, acabei a expulsá-lo do meu gabinete e a atitude dele só não vai ter maiores consequências porque se vai reformar no mês que vem), porque não consigo aceitar aquelas posturas profissionais. A opção tem sido nunca falar com nenhum deles assim que me apetece. Tenho deixado sempre para o dia seguinte, para não correr o risco de dizer aquilo que me apetece...neste ponto, o único comentário é "vai-se andando"!