sábado, 5 de fevereiro de 2011

Na maior parte das vezes, já nem me lembro disto. Mas em dias mais chochos, estas coisas aparecem todas. Cresci com duas miúdas que considerava família. Estavamos sempre ali. E de há uns anos para cá, tudo se desmoronou. Por minha culpa e delas. Durante muito tempo fomos o porto seguro umas das outras. Eu e uma delas ajudámo-nos a passar por momentos muito duros. O mesmo problema, em duas fases distintas. A outra ficou ressentida nunca percebi muito bem porquê. Uma vez pediu-me desculpa por não ter estado presente, eu disse-lhe que sempre tinha estado, mas não funcionou. Foi desaparecendo devagar, deixou completamente de aparecer, de me procurar. Um dia recebo uma mensagem a dizer que tinha nascido o filho. Nunca me tinha dito que estava grávida. E eu não consegui achar que não fazia mal. Com a outra, quem meteu o pé fui eu. Depois de muitos anos sem dizer aquilo que realmente sentia, resolvi que chegava e disse. Não gostou e a coisa nunca mais e endireitou. Sei que entre as duas tudo continua igual, mas eu saí da equação. E ás vezes sinto uma falta imensa delas. Quem diria que um dia ia finalmente conseguir engravidar e que nem lhes diria? Quem diria que me ia sentir tão triste por não me fazer sentido nenhum pegar no telefone e contar-lhes. Definitivamente, numa situação normal, hoje era dia de enfrascar uns 2 xanax!!! Vou mas é apanhar um bocadinho de sol, que a coisa está meia difícil hoje!

Um comentário:

Dorushka disse...

A vida por vezes afasta-nos de quem não interessa, mesmo que, no momento, não consigamos perceber isso. É uma espécie de "selecção natural".
Não penses nisso agora, pensa só em coisas felizes.
Beijocas